30 de julho de 2009

Refaz


Pra que fingir assim e falar de costas?
Fazer birra por conta de nada...
Dizer que nada é tudo,
Me desafiar por todos,
Não me olhar nos olhos...
Do que adianta?
Se meus olhos te caçam,
Tuas mãos ainda suam,
A pulsaçaõ já foge
E o silêncio INCOMODA?
Vem sem mais aléns,
Sem meio nem freio,
Sorri e fala,
Beija e cala,
E me faz correr a casa toda Brincando de ser feliz!

28 de julho de 2009

Experimentar.


Ouço as risadas ainda que distantes..
Sorriso que me faz sorrir..
Olhar que me paralisa..
Voz que afaga..
Passo que cala..
E fui mais uma vez.
Mais plena..
Mais louca...
Mais sábia....
Bom ter você por perto
Bom saber que é tão incerto
E poder pagar pra ver.
Viver é mesmo o dia a dia do pagar pra ver,
Que tem sido apreciado por ser você.

25 de julho de 2009

Você Não Entende Nada


Você Não Entende Nada
Caetano Veloso

Quando eu chego em casa nada me consola
Você está sempre aflita
Lágrimas nos olhos de cortar cebola
Você é tão bonita.

Você traz a Coca-Cola, eu tomo
Você bota a mesa, eu como
Eu como, eu como, eu como,
Eu como, você.

Você não tá entendendo nada do que eu digo
Eu quero é ir-me embora eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo
E quero que você venha comigo.

Eu me sento, eu fumo, eu como, eu não aguento
Você está tão curtida
Eu quero botar fogo neste apartamento
Mas você não acredita.

Traz meu café com Suita, eu tomo
Bota sobremesa, eu como
Eu como, eu como, eu como,
Eu como, você.

Tem que saber que
Que quero é correr mundo, correr perigo
Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora, e quero que você venha comigo.

Eu quero que você venha comigo.
Eu quero que você venha comigo.
Eu quero que você venha comigo.
Todo o dia, todo o dia
Eu quero que você venha comigo.

22 de julho de 2009

Life


Cheiro de giz de cera... e eu já me recordo do uniforme,das maozinhas miúdas, da inquietude e da delícia que é ser criança. De gargalhar até a barriga doer ( coisa que ainda faço rsrs).
Da vontade de ser Peter Pan, de usar os saltos da mamãe pela casa toda achando charme nos tombos e lambrecando a cara de maquiagem.
De se entendiar por achar que o mundo não possui tarefas suficientes para preencher meu dia.
Do medo de escuro, de trovões( que ainda tenho rsrs), a simples vitória em tirar as rodinhas da bicicleta, tomar banho só, arrancar o último dente de leite, comer pipoca e arranhar o céu da boca, arrastar o cobertor pela casa toda...
Implorar uma casa na árvore do quintal.
Acreditar que uma piscina é o maior presente do mundo.
Deitar no colo temido e querido do pai.
Jurar ...por qualquer bola de gude.
Não entender as roupas ganhas no aniversário, afinal de contas: Pra que ganhar roupa né???Roupa não pisca, não treme nem anda sozinha...
Campeonato de cuspe,
Guerra de travesseiro( ops isso também faço.....)
Apaixonar de doer o coração e sonhar todo dia com a paixão( ops...)
Terror de Boletim...
Viver em cima de um skate..
Correr atrás de bolhas de sabão...
Procurar estrelas cadentes...( eu de novo rsrs)
Chorar... porque a mãe saiu sem avisar..
Tentar imaginar onde acaba o mar ...
Ter dúvida se a gente que tá se movendo ou as nuvens que estão andando??!!
Engolir bala "Soft" e ser sacudida de cabeça pra baixo pelo tio..
Descobrir de onde vem os bebês...
Ter certeza que meu pai é da Liga da Justiça...
Saber que Papai Noel vem na madrugada...
Odiar escovar os dentes..
Amar soltar pipa ( ops de nooovooooo)
Ser íntima de Deus...
Não compreender porque as pessoas fumam, já que o cigarro mata..
Saber que as pessoas foram pro céu...
Celebrar o dia do aniversário com honras!
Mastigar chiclete até a mandibula cansar...
Dizer a verdade sem medo de errar...
Correr sem pensar aonde vai chegar...
Viver INTENSAMENTE MESMO!

16 de julho de 2009

Lentes


Olhar as coisas com olhos de paixão...
Nunca havia percebido que faço isso. Outro dia um grande amigo, de longa data me fez esta referência... " Você tem lentes cor de rosa pra vida, vê o mundo com olhos de paixão".
Teimosa como sou,taurina e persuasiva muitas vezes, quis contariá-lo, que nem criança batendo o pé e fazendo biquinho, mas não teve jeito, ele tinha razão. Não é uma simples metáfora ou qualquer espécie de alegoria positivista pra grafar uma felicidade constante e inexistente, não.
Nem tão pouco uma lente fantasiosa que não enxerga as mazelas mundanas ou se encasula numa atmosfera burguesa e blindada. Sou simplesmente positiva pra maioria das cenas da minha trajetória. Claro, óbvio que já sofri um bocado como qualquer outro ser humano, já chorei em meio a gargalhadas, já perdi pessoas queridas sem poder me despedir, rompi relacionamentos que julgava eternos, eternizei outros que menosprezava a princípio.
Mas, uma força, uma chama, uma vontade inexplicável e inseparável de viver me permeia desde que percebo minha existência. Estou no gerundio constante de apredizado, na esperança acompanhada de expectativa, atraída como a criança pelo interruptor proibido, o adolescente com os limites de poder, o adulto ceifando perdas e o idoso pelo que há de vir.
Paixão, que pra muitos pode ser apenas carnal ou direcionada à alguém.
Paixão por um sorriso, um dia de sol, uma dança na chuva, um olhar inocente, uma nota de piano, um ser, uma lembrança, uma crença.
Olhos apaixonados e atentos, que migram, reagem e refletem o que tenho procurado ser pra mim, pra Deus e pra todos.
Que os meus olhos possam aprender mais que ensinar, auxiliar mais que receber, sem deixar de se apaixonar.

15 de julho de 2009

SAUDADE***


Saudade- Miguel Fallabela

Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe.
Saudade de uma cachoeira da infância.
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais.
Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã. Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada,
Se ele tem assistido as aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial,
Se ela aprendeu a estacionar entre dois carros,
Se ele continua preferindo Malzebier,
Se ela continua preferindo suco,
Se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados, se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor, se ele continua cantando tão bem, se ela continua detestando o McDonald's, se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos,
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento,
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música,
Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...


Miguel Falabella

12 de julho de 2009


E tudo mudou...




Pra todas as horas encontrei uma ocupação
Pros dias felizes, nova razão
Pro sol que sumia, desenhei um no chão.
Pra vida vazia, motivação
Pros ventos impiedosos, o colchão
Pra saudade doída, nova versão
E chorei...
E achei um amor maior...
Pros dias coloridos
Pras noites eternas
Pras horas inesquecíveis
Pra vida futura
Pro calor que não me abandona
Tem você com a minha mão.

4 de julho de 2009

Faz!!!


E as modelagens não modelam mais, mas A CARIDADE AINDA FIGURA ENTRE A MESA E A RUA DO PAÍS TROPICAL!
As moças faceiras não se enfeitam mais, todas bordadeiras entoam seus "ais".
O dia vem de mansinho com um sorrisinho sagaz!
Toda besteira eu já deixei pra trás.
Falo de mangueira, pandeiro, sol, amor, jiu jitsu e paz!
Sigo essa bandeira sem dor, no passo alinhado da marcha fulgaz.
Penso e renovo o fulgor da criança que gargalha sem pensar demais....
Segue o coração e o tambor que essa é a canção do faz...!

1 de julho de 2009

MEU!


Deixa.... Deixa de bobagem, tira a pintura da cara,dá a golada na coca, diz que não me quer aqui, puxa a cortina de lado, olha com o olho rasgado, faz bem , faz vem, faz o corredor todo zumbir.
Pede pra eu nunca mais sair...
Tira a camisa da frente e essa culpa da mente.Traz, faz, mais sais que a corrida da gente aguarda a ordem e o apito pra ser motriz.
Vira de lado e sacode diz que o que pode não pode. Joga, sua e diz que foi por um triz!
Mata a saudade miúda,
Dança com a cara espremida.Faz massagem com gêlo, jura que era por zêlo.
Tenta inocentar o turbilhão que me faz sudita.
Jura que é pra sempre essa paixão maluca.
Joga 10 anos ao vento.
Promete ser o meu tormento.
Liga na hora do alento e interrompe meu tablado.
Olha pra mim assim com esse olho tão rasgado, pede desculpas por nada, ameaça me dar chamada.
Morde pedindo redento.
Fere o que ainda era lento...
1,90 ...
Me foge e me aparece do nada...só pra me despertar!